about Japan/Sao Paulo and another things.
Ir pro Japão não passava de uma vaga flâmula de um desejo distante em mim desde sempre. Uma daquelas coisas que você só pensa em fazer quando tiver muita condição e nem assim parece ser o suficiente. Mas de uns tempos pra cá muita gente tem conseguido realizar esse sonho e é algo muito surreal quando acontece com você. Por variados motivos internos e externos a minha chance ainda não tinha chegado, não até o fatídico ano de 2015. Era tudo meio que mera confabulação e esperança mas quando a chance veio à minha porta não teve outra. Eu a agarrei como podia e não a deixei ir a lugar nenhum, mesmo com os trancos e barrancos. Dizer que foi fácil seria estar tentando diminuir a veracidade ou realidade dos fatos, ainda mais por se tratar de uma viagem super longa e complicada para um país oriental cujas tradições, valores, costumes e todo o background é bem diferente da nossa realidade aqui. Depois de planejar e juntar todo o dinheiro, documentos e o que mais fosse necessário para certificar de ter tudo nos conformes, o bendito dia da partida chegou. Meu coração já estava a mais de mil à essa altura porque eu ainda precisei ir pra outro estado pra poder pegar meu voo pra lá, fora a conexão em Abu Dhabi. Em São Paulo encontrei a Dih e mal dava pra crer que aquilo tava acontecendo, mas tava (!!!). Enfim, após extensas horas enfurnadas dentro de um avião e mais conexão e espera e ansiedade só crescendo no peito a gente chegou no nosso tão sonhado destino. O primeiro dia foi meio atribulado por estarmos ainda nos ambientando e super cansadas e perdidas pra cacete. A vontade que deu foi de desistir de viver quando pisei lá porque pensei que não conseguiria aguentar nem um dia daquela forma e era meio desamparador e desesperador ao mesmo tempo porque era um lugar totalmente novo e diferente com pessoas que não conhecia e tendo de se virar pela primeira vez longe de casa. Depois disso já fomos nos sentindo menos tensas e uma pessoa conhecida da Dih saiu conosco num dos dias e apresentou alguns dos lugares onde mais fomos (Harajuku, Shibuya) e isso já foi uma puta ajuda. Nos primeiros dias foi mais exploração de Tokyo; fomos muito em Shinjuku, Shibuya e Harajuku também. Esses foram nossos points preferidos. Basicamente era um mar de perdição pra consumistas porque tinha tanta opção e variedade de produtos e ainda mais pra quem gosta de anime e cosplay lol Os dias de show foram bem loucos porque já começou com o do Mejibray e mais uma vez estávamos lá surtando pra caramba apesar de termos nossas flopagens de sempre ahdasdiasd. Tinha uma taxa de 500yen obrigatória da qual não sabíamos correspondente a bebida e comida depois do show e ficamos lá super confusas por não entender bem o que estavam falando (?) Mas no fim conseguimos resolver e foi a hora de esperar pelo show. O local se chamava EX-THEATER ROPPONGI e ficava numa vizinhança bem localizada e bonita e a casa de show era relativamente grande e bonita também. Eu e a Dih conseguimos ficar na segunda grade e ainda assim era boa pra ver o palco e todos os integrantes e cara, pra quem tá acostumado com a desorganização e tensão dos shows no Brasil, poder aproveitar um show sem se preocupar em ser esmagado é muito bom. Mesmo nas horas que o pessoal se empolgava e tinha headbang e coisas do tipo, ainda era organizado LOL TZK e Koichi são muito lindos mas o Koichi ainda consegue roubar mais a cena porque ele parece um ser de outro planeta de tão maravilhoso e alto e sorridente e enfim. Tocaram muitas músicas que não conhecia porque ando bem desatualizada de MEJIBRAY mas ainda pude aproveitar de toda forma e ri muito do jeito do TZK no palco. Todos eles tinham muita presença de palco, btw. Depois teve o show do DADAROMA e foi numa casa de show quase escondida da vida em IKEBUKURO. Conseguimos falar com uma menina alemã na fila e ela explicou que dava pra comprar os ingressos na hora e aí foi de boa pra entrarmos lá. O lugar era um ovo dentro de um ovo de tão minúsculo mas por outro lado era bom porque permitia ver bem mais o palco e os integrantes. O Tomo e o Takashi eram lindos demais ;__; Também fomos no show do d=out e apesar de nem ser fã, foi uma experiência divertida. Aí teve o instore do MEJIBRAY e foi a chance de estarmos ainda mais perto deles e vê-los interagindo mais de perto com os fãs. Confesso que mal me aguentava ali quando fui cumprimentá-los e pior ainda porque o Koichi é o primeiro e eu não tava conseguindo pensar e não falo japonês bem e sou uma porta adjsaidsa. Mas deu tudo certo e fiquei feliz de conhecer meus ídolos e ver que eles parecem ser pessoas boas também. Teve a session band do Kouryuu e omg. ;-; Chorei demais. Kouryuu é ex guitarrista de uma banda chamada MY BACTERIA HEAT ISLAND e eu gostava demais deles e os acompanhava, ainda mais por causa do Tetsuya que era o baterista e eu tava na cola dele desde o SKULL. Pena ele não ter estado nessa session band com o Kouryuu mas valeu a pena de todo jeito porque primeiro, session bands são coisas bem mais restritas e dão a chance de poder conversar mais cara a cara com o músico e não tem muita gente também. O show devia ter no máximo cem pessoas mas foi bem animado e antes disso, eu e a Dih falamos com o Kouryuu antes da apresentação e ele ficou super surpreso quando dissemos que viemos do Brasil pra vê-lo. Ele inclusive falou em inglês nessa hora ajdisad Ficou agradecendo e tocou na nossa mão e ficou apertando. Quando ele entrou na sala pro backstage ainda parecia estar todo bobo e foi fofo. O show em si foi bem curto porque eles tocam poucas músicas por banda mas pude ver o Kouryuu ao vivo e ele foi super atencioso e ficou bem perto de nós (estávamos bem coladas na grade) e ficava lançando uns olhares e sinais de aprovação de vez em quando. Depois do show ainda esperamos pra comprar as chekis e uma pulseira lá dos goods e quando ele apareceu só fiquei o observando conversar com umas fãs japas ao redor e tal ;; Depois a Dih comprou as chekis dele e foi falar com ele e conseguimos o autógrafo e ele conversou um pouco conosco e até me zoou asiudhsad. Foi um dia inesquecível. No natal conseguimos comprar bolo e carne e um pedaço de frango e bebemos um vinho e tivemos um típico natal japonês. Foi muito bom, sem falar que passeamos e compramos um montão de coisas no dia. Visitamos uma amiga da Dih em Nagoya no dia 26 e foi flopado porque estávamos meio preocupadas com grana, mas por sorte tudo deu meio que certo de alguma forma depois. Dia 27 fomos pra Hamamatsu conhecer a Sayuri e foi um dia muito legal! A Sayuri foi um amor de pessoa e nos levou pra passear nos shoppings e ficamos jogando conversa fora o dia todo até de noite quando fomos num restaurante temático de terror. Era minha maior curiosidade ir em um desses quando estivesse por lá. Tinham bebidas pra combinar com o lugar e comemos MUITO. Nesse dia acabamos perdendo o trem da volta pra Tokyo mas a Sayu nos deu abrigo na casa dela e os pais dela também foram pessoas maravilhosas e engraçadas. Ela é uma das pessoas de quem sentirei muita falta e daqueles amigos que você sabe que são amigos de verdade. Infelizmente não pudemos passar o ano novo no Japão porque as passagens estavam mais caras e aí acabou que optamos por passar uns dias em São Paulo até o dia quatro de janeiro. Ficamos uns dias lá com a Nee que conseguiu vir do RJ depois de juntar uma grana e revi a Tsu e a Lih e sinto que foi uma coisa muito boa. Estreitar laços é sempre algo ótimo depois de tanto tempo sem ver determinadas pessoas mas é ainda melhor perceber que você é querido pelas pessoas que você também ama. Tem muito mais detalhes e muito mais coisas que gostaria de mencionar mas isso levaria milhares de anos e bem, por enquanto quero deixar as minhas maiores impressões por aqui. 2016 começou de uma forma inesperada e apesar de saber que o que está por vir vai exigir muito mais de mim, sinto que essa viagem me ajudou a crescer e também amadurecer em alguns aspectos, fora me aproximar mais da minha namorada/noiva/mulher. Então espero poder continuar crescendo e aprendendo cada vez mais e ter quem eu gosto perto de mim durante esse processo.
