泣かないで... 泣くな
18.04.2021 17h02
泣かないで... 泣くな
18.04.2021 17h02
Na verdade
Às vezes parece tão irritante continuar com toda essa preocupação com o corpo, que na época em que não me preocupava com isso parecia mais tranquila, embora sentia que exagerava nas açucaradas doses que me preenchiam por cada falta diária.
Sinceramente não era pelo que as pessoas diziam que me fez querer mudar meu corpo, mas pelo que enxerguei de mim mesma (na última vez que até então tinha antecedido aquele momento de mudança) enquanto experimentava roupas e achava que nada se "encaixava" perfeitamente em mim.
Até hoje não consegui alcançar o ponto em que realmente me vejo bonita. Mas ao mesmo tempo tenho esse medo de aparecer, de ser observada. Quando estou um pouco mais arrumada já fico sem jeito de ser enxergada. Nunca cheguei a um ponto que vejo das outras mulheres, de estar produzida, bela, de se tornar uma mulher.
Quando eu era extremamente tímida, eu me escondia, mas com as vivências fui mudando e não queria mais ser invisível. Mas acho que continuava a ser a moleca desajeitada que nenhum cara olharia. "Qualquer uma, menos ela".
Quando quis mudar meu corpo apenas para ser enxergada acabei desistindo da ideia, mas quando resolvi que faria isso por mim mesma e não pelos outros, senti que tinha funcionado e me senti mais forte naquele momento. E senti também que tinha mais autocontrole e determinação por me controlar na ingestão de besteiras e seguir firme nas caminhadas, respectivamente, sem desistir.
Agora as pessoas me enxergam, mas como alguém a ser apontada negativamente, com preocupação ou com sinal de alerta ligado.
E é só isso que podem enxergar...
De que adiantaria falar se as pessoas só conseguem acreditar na sua própria verdade e não na minha verdade sobre mim mesma?
De que adiantaria falar se elas não vão escutar?
Ninguém parece entender, ninguém vai me escutar.
Embora agora tenha mudado demais e chegado a um ponto que se tornou fora do esteticamente belo e adequado, não queria começar com uma mudança de novo... só por dar ouvido ao que as pessoas estão dizendo.
Dificilmente alguém me ouviu ou disse alguma coisa para mim em outras situações, mas é justamente nessas que as pessoas começaram a dizer.
Estou cansada de ver por aí as especulações sobre as razões para justificar as atitudes das pessoas. Por que elas não podem apenas tentar compreender?
(...)
Não é em qualquer pessoa que conseguiria confiar para dizer tudo que penso e sinto. A fera que habita em qualquer pessoa cansada de certas situações parece que precisa ser acalmada novamente, mas isso só ocorre porque cansei de ser sempre pisada pelos outros.
Se deixar tudo no modo de espera, de que tudo simplesmente aconteça, parece uma situação amenizada, morna, mas até o ponto de ser fria, de não se preocupar com nada. Por isso às vezes parece ser melhor deixar assim para não sofrer. Mas não há escolha adequada entre sofrer ou ser insensível.
21/02/2019
O preço a pagar...
...pelas suas escolhas.
Alguns momentos da vida perdem, às vezes, toda sua razão de ser.
A leve sensação de que talvez o valor sentimental estivesse mais presente antes do que está agora parece ser uma razão para se estar rodeado de coisas, em vez de pessoas.
Posso pensar que não é proposital e pode realmente não ser proposital, mesmo que os outros digam que é, mas o que acontece de fato é que alguns atos são insconscientes e impulsivos. Além de toda razão e planejamento mental.
A estima que tinha por outras pessoas e que, na maioria das vezes partia de mim e que, raro sentia partir dos outros talvez faça com que se perca esse valor sentimental.
Nunca foi fácil evitar o isolamento e continua sendo assim, mesmo que a timidez e o medo tenham diminuido a um grau que me faça mais sociável, mas ainda assim não a um nível em que em certos momentos me sinta confortável com a presença e constância de outras pessoas ao redor. E criar proximidade e intimidade. Evitar estar com outras pessoas evita também que haja uma estima por mim.
Cansei de muitas situações que aconteceram... mas não é intolerância, pois só me cansei depois que isso atingiu o esgotamento. Quando as outras pessoas não se importavam, cansei de esperar que se importassem. Não espero mais pelo sentimento alheio. (Embora momentos de fraqueza sempre existam.)
Isso às vezes parece positivo, pois é independente de esperar pelos outros e alimenta a autoestima, porque é deixar de fazer para agradar aos outros senão a si mesmo antes.
Contudo, nesse turbilhão, também vem o pensamento de estar sendo egoísta, egocêntrica e estar só alimentando o próprio ego. Não há equilíbrio e tranquilidade quando se pensa assim.
Talvez se pudesse mudar tudo isso, ou apagar, em vez de tentar encobrir com um véu, que vez ou outra é descoberto e traz à tona a realidade.
Cancele as expectativas de que vão lembrar de presenteá-la, as de que vão se lembrar de você quando marcar algo no curso para o fim de ano (e inclusive marcar isso no horário que seria destinado a você), as de esperar que alguém goste de você (e deixar de ver todos os outros acompanhados exceto você), as de que alguém goste de vê-la cantar (veja a expectiva dos outros se descontruir e a razão que você tinha em ser humilde sobre a realidade -poderia ficar sem o "você não era tão boa mesmo" das outras pessoas, percepetível a um nível quase gritado na reação delas, segundo minha percepção-), as de que você pode ser boa em algo (e todos sejam então melhores do que você).
Não é a nível geral e a todo tempo, mas pouco a pouco e quando acontecem, essas pequenas situações vão se acumulando e... machucam.
À propósito, é um ano novo, mas apesar de gostar muito do clima de Natal e fim de ano que se estende até o início do novo ano, as expectativas devem estar além delas mesmas também. A passagem de ano não foi nada mais do que isso mesmo, porque esperar algo só porque se iniciou um novo ano também não mudava nada.
Mais do que um feliz ano novo, é preciso desejos de um feliz você mesmo novo.
(UTC-2:00 - horário de verão) - 06/01/2018 01h11
Eu ouvi...
...a voz da razão.
Meu coração despedaçado, e, arrasado por uma decisão, precisa continuar se fazendo de forte. Algo mudou em mim, me fiz assim agora. Estou aqui, e não vou deixar ninguém mais desfazer de mim. Por que me tratar como se eu não estivesse lá (reservada, mas ao mesmo ciente de tudo que acontecia)? Por que me tratar como se só por ser um caso isolado então pouco importo? Há quanto tempo estou nesse mesmo lugar? E não devo nada para ninguém.
Das outras vezes era diferente, eu me magoava por algo, mas às vezes deixava meu exagero falar mais alto, e, nem sempre um sentimento tinha toda aquela dimensão. Talvez às vezes eu enxergasse o sentimento maior do que era ou com a impressão de ser melhor sentir algo a nada sentir.
Mas é diferente com a música. Comigo, com a minha voz e também com minha pouca aptidão musical. É sempre mágico e me faz sentir em outro lugar, viajar... É como encontrar ali o meu lugar.
(UTC-2:00 - horário de verão) - 20/11/2017 23h33
Você sabe?
Você sabe que precisa mudar. Mas e quando isso lhe deixa a impressão de que você só está olhando para si mesmo? E quando você tenta ser como os outros para conseguir algo que todos parecem ter (mesmo que você não tenha certeza se isso é verdade ou apenas a aparência) e parece se tornar só mais um ser ordinário, uma cópia de uma pessoa qualquer entre milhares delas? E quando todas as coisas que importavam ou impediam você de fazer algo não significam mais nada simplesmente porque entre as outras perdas que você teve na vida, essa foi mais uma que veio porque não tinha jeito, você se magoaria de qualquer jeito?
(UTC-2:00 - horário de verão) - 20/11/2016 00h15
Despertei sem saber...

Lá está você no seu sonho e sim, com certeza (!), já tendo consciência disso porque era bom demais para ser realidade, quando então a pessoa diz a você (levando em consideração o clima dos últimos dias): "Sua mão é tão quentinha!"
Ahh, não era verdade mesmo!

(E o mesmo vale - e muito! - para os pés!)

(UTC-3:00) 26/05/2016 15h56
Versos
O frio de segunda é do recomeço
Uma nova história para escrever
Lembro do azul, evito um tropeço
São lacunas que tento preencher
Quinta não é a vez que tento
Mas tem muitas palavras ao vento
São aquelas impossíveis de falar
Feridas que tinha desistido de cantar
Hoje ainda é meio de semana
Preciso trabalhar, preciso mudar
Mas por um momento vou sonhar
Passear como uma canceriana
E assim, em pensamentos desconexos
Em sons, cores, dias diversos
Meu pensamento viaja do sol à lua
Eu sinto o calor que não vem da rua
(UTC-3:00) 24/05/2016 00h49